Conheça a vida e a obra de Livardo Alves
Cantor. Compositor. Nasceu e foi criado no bairro paraibano do Jaguaribe, em João Pessoa, lá vivendo até os 32 anos, Foi homenageado em sua cidade natal com uma estátua em tamanho natural sentado num banco de praça onde parece observar os passantes da cidade que tanto cantou.
Dados artísticos
Na década de 1950, ingressou no jornal A União, onde começou a tarbalhar na oficina e, posteriormente, atuou como revisor até chegar à redação como jornalista. Em 1959, foi contratado como cantor pela Rádio Tabajara, na qual trabalharia também como como locutor no departamento de rádio- jornalismo. Em 1975, seu baião “Ê Mãe”, com Vital Farias, foi gravado em compactro simples por Ary Toledo, pela Fermata. Em 1976, teve gravada por Abdias dos Oito Baixos, no LP “Forófunfá – Abdias e Sua Sanfona de 8 Baixos”, da Entré/CBS, o xote “Forrófunfá”, com Vital Farias. Em 1978, três composições foram gravadas por Vital Farias em LP da Polydor: “O Sobressalto”, “Via Crucis da Mulher Brasileira” e “Ê Mãe”, as três parcerias dos dois. Em 1979, lançou pela Discos Polígono, um compacto duplo com as músicas “Marcha Exaltação à AABE” e “Eu Vim de Lá Meu Pai “, ambas com Gilvan de Brito, e “O Mundo Encantado do Circo” e “Salve o Músico do Brasil”, ambas de sua autoria. Ainda nos anos 1970, fez grande sucesso no carnaval com a “Marcha da Cueca”, com Carlos Mendes e Sardinha. Em 1982, o baião “Forrófunfá”, com Vital Farias, foi gravado pelo parceiro no LP “Sagas Brasileiras”, do selo Araponga/Lança/Polygram. Em 1991, lançou, pela Beverly, com Cachimbinho e o Grupo Peneira, o LP “Cachimbinho e Livardo Alves com seu Grupo Peneira – Com muito amor e pimenta”, com gravações alternadas dos dois. Nesse disco gravou “A água passa, o rio fica”, com José Maria de Oliveira; “Mané Gostoso, cara de pau”, com Parrá; “O quiabo”, com Gilvan de Brito; “Pirarucú”, só de sua autoria; “Com muito amor e pimenta”, com Rubinho, e “Parai be a ba leia”, com Jessé Anderson. Em 1994, o xote “O Meu País”, com Orlando Tejo e Gilvan Chaves, foi gravado pro Flávio José no LP “Nordestino Lutador”, do selo LBC Gravações. Por essa época, gravou com o cantor e compositor Parra o LP “O Sol”, com músicas de autorias deles, além de “A mulher do Aníbal”, sucesso de Jackson do Pandeiro. Em 1998, a Orquestra Metalúrgica Felipéia, dirigida pelo Maestro Chiquito, gravou o xote “Brasil Moleque”, no CD “Metalurgiarte”, do selo CPC-UMES. Em 2000, o baião “O Meu País”, com Orlando Tejo e Gilvan Chaves, foi gravado por Zé Ramalho no CD “Nação Nordestina”, da BMG Brasil. Em 2002, Giovana Farias e Vital Farias gravaram, de forma independente, o LP “Uyraplural”, no qual registraram “Via Crucis da Mulher Brasileira”, com Vital Farias. Ainda em 2002, lançou o disco duplo “Malandro do Morro”, seu último trabalho reunindo suas principais composições: “Brasil Moleque”, “Eu Dou Mil”, “Merda Pra Vocês”, “Boca do Mundo”, “Xote Elétrico”, “O Canto de Tambiá”, “Faroeste em Jaguaribe”, “Doido da Paraíba”, “Nêga da Paraíba”, “Forró Funfá”, e “Doces Ervas”, entre outras. O disco contou com os arranjos do maestro Chiquito e Joca do Acordeon. Em 2006, o CD “Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha”, do selo Biscoito Fino, com registros do espetáculo musical de mesmo nome incluiu a sua “Marcha da Cueca”, com Carlos Mendes e Sardinha. Foi também compositor de hinos para os clubes de futebol da Paraíba, entre os quais, o do Botafogo, de João Pessoa. Musicou várias peças teatrais, entre as quais, “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna; “Acima do Bem Querer”, de Luiz Marinho; “Viva Cordão Encarnado/ A chegada de Lampião no Inferno”, de Luiz Mendonça; e “A Cara do Povo do Jeito Que Ela É”, de Paulo Pontes. Deixou dezenas de composições entre cocos, repentes, sambas, baiões, forrós, maracatus, e xaxados, a maioria delas falando do jeito de ser das pessoas paraibanas e dos locais por elas frequentados.